A CRUZ

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

2 Samuel 12

Natã repreende David

1E o Senhor enviou a Davi o profeta Natã. Ao ­chegar, ele disse a Davi: "­Dois homens viviam numa cidade, um era rico e o outro pobre.
2O rico possuía muitas ovelhas e bois,
3mas o pobre nada tinha, senão uma cordeirinha que havia comprado. Ele a criou, e ela cresceu com ele e com seus filhos. Ela comia junto dele, bebia do seu copo e até dormia em seus braços. Era como uma filha para ele.
4"Certo dia, um viajante chegou à casa do rico, e este não quis pegar uma de suas próprias ovelhas ou de seus bois para preparar-lhe uma refeição. Em vez disso, preparou para o visitante a cordeira que pertencia ao pobre".
5Então Davi encheu-se de ira contra o homem e disse a Natã: "Juro pelo nome do Senhor que o homem que fez isso merece a morte!
6Deverá pagar quatro vezes o preço da cordeira, por­quanto agiu sem misericórdia".
7"Você é esse homem!", disse Natã a Davi. E continuou: "Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: 'Eu o ungi rei de Israel e o livrei das mãos de Saul.
8Dei a você a casa e as mulheres do seu senhor. Dei a você a nação de Israel e Judá. E, se tudo isso não fosse suficiente, eu teria dado mais ainda.
9Por que você desprezou a palavra do Senhor, fazendo o que ele reprova? Você matou Urias, o hitita, com a espada dos amo­nitas e ficou com a mulher dele.
10Por isso, a espada nunca se afastará de sua família, pois você me desprezou e tomou a mulher de Urias, o hitita, para ser sua mu­lher'.
11"Assim diz o Senhor: 'De sua própria família trarei desgraça sobre você. Tomarei as suas mulheres diante dos seus próprios olhos e as darei a outro; e ele se deitará com elas em plena luz do dia.
12Você fez isso às escondidas, mas eu o farei diante de todo o Israel, em plena luz do dia' ".
13Então Davi disse a Natã: "Pequei contra o Senhor!"
E Natã respondeu: "O Senhor perdoou o seu pecado. Você não morrerá.
14Entre­tanto, uma vez que você insultou o Senhor, o menino morrerá".
15Depois que Natã foi para casa, o Senhor fez adoecer o filho que a mulher de Urias dera a Davi.
16E Davi implorou a Deus em favor da criança. Ele jejuou e, entrando em casa, passou a noite deitado no chão.
17Os oficiais do palácio tentaram fazê-lo levantar-se do chão, mas ele não quis e recusou comer.
18Sete dias depois a criança morreu. Os conselheiros de Davi ficaram com medo de dizer-lhe que a criança estava morta e comentaram: "En­quanto a criança ainda estava viva, falamos com ele, e ele não quis escutar-nos. Como vamos dizer-lhe que a criança mor­reu? Ele poderá cometer alguma loucura!"
19Davi, percebendo que seus conselheiros cochichavam entre si, compreendeu que a criança estava morta e perguntou: "A criança mor­reu?"
"Sim, morreu", responderam eles.
20Então Davi levantou-se do chão, lavou-se, perfumou-se e trocou de roupa. Depois entrou no santuário do Senhor e o adorou. E, voltando ao palácio, pediu que lhe preparassem uma refeição e comeu.
21Seus conselheiros lhe perguntaram: "Por que ages assim? Enquanto a criança estava viva, jejuaste e choraste; mas, agora que a criança está morta, te levantas e comes!"
22Ele respondeu: "Enquanto a criança ainda estava viva, jejuei e chorei. Eu pensava: Quem sabe? Talvez o Senhor tenha misericórdia de mim e deixe a criança viver.
23Mas agora que ela morreu, por que deveria jejuar? Poderia eu trazê-la de volta à vida? Eu irei até ela, mas ela não voltará para mim".
24Depois Davi consolou sua mulher Bate-Seba e deitou-se com ela, e ela teve um menino, a quem Davi deu o nome de Salomão. O Senhor o amou
25e enviou o profeta Natã com uma mensagem a Davi. E Natã deu ao menino o nome de Jedidias.
26Enquanto isso, Joabe atacou Rabá dos amo­nitas e conquistou a fortaleza real.
27Feito isso,­ mandou mensageiros a Davi, dizendo: "Lutei contra Rabá e apoderei-me dos seus reservatórios de água.
28Agora, convoca o restante do exército, cerca a cidade e conquista-a. Se não, eu terei a fama de havê-la conquistado".
29Então Davi convocou todo o exército, foi a Rabá, atacou a cidade e a conquistou.
30A seguir tirou a coroa da cabeça de Moloque, uma coroa de ouro de trinta e cinco quilos; ornamentada com pedras preciosas. E ela foi colocada na cabeça de Davi. Ele trouxe ­uma grande quan­tidade de bens da cidade
31e trouxe também os seus habitantes, designando-lhes trabalhos com serras, picaretas e machados, além da fabricação de tijolos. Davi fez assim com todas as cidades amo­nitas. Depois voltou com todo o seu exército para Jerusalém.
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